terça-feira, 21 de agosto de 2012

Poema pra Renato


Bom te ver; narrando
tuas mortes hoje,
tua vida nos olhos,
nas mãos, no jeito...

direito de quem viaja
cavalga e flecha

Professor e mago
ao lado do lago calmo
medo sem respaldo
da embarcação de palha
de índios,  de causas

chegando cheio
sempre, solar

na crina de poupa
no salmão da casa
no sabá de lua nova

negro, receptivo
chocolate amargo
nos olhos de deus

tempo doirado
no Salomão da estrela

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

MORENA



- Preá assado ou cozinhado?
(isso é a cara do meu povo)
- Assado! (seco e de novo)
- Eu fico com o cozido!...

- ...vem aqui que tou em apuros duros,
 cheia de alegria nostálgica de você...
é, tou voltaNDO A SOLTAR OS RAIOS NO HORIZONTE
mas a vida é real
de costume a gente idealiza
coisa engraçaaada...

pode trazer o preá em prestações
em banho maria da penha...

gosto dessa estética sem prtnção de mano

- semo que?

- Pretensão, quis dizer...

- sim, claro
sem perder as ambições referidas ao tema futuro
sem deixar também de fazer paralelos ambivalentes com a estética armorial
sim, claro... uma interpenetração quase da ciência obstetrícia
poeticamente falando, é claro...

- não mude de assunto... quero o preá da tua presença...

coisa mais bonita, em toda natureza...

(acabei de postar um agrado disso tudo)



- fiquei sem resposta ao seu nível de desenvoltura...



- sem modestia, minha cara... tua desenvoltura está acima do nível
do mar, por assim dizer

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Argumentando salmos

Conclusão. Condição diluída de gentil. Mata deflorada. Mistério mastigado. Parada solicitada.... Morrendo sem sentido, sem palavra certa, cercada a flor. Sopro inaudível nesse estado civil, convalescente, de anemia sem nome, falciforme. Aquietar caule da condição diz da verdade que há de vir acordar caminho calmo. Eu me movo no azul, no solar... Meu direito explodiu a barragem.