domingo, 1 de maio de 2016

Shan

Sou uma mulher
Velha, já fui moça
Criança, ânsia...
Já fui bichinho de colo.
Sou a experiência
Guerreira Shan
De terra e fogo
Brava...
Sei ser mar se necessário
Sei ser firme...
E sei usar máscaras.
Mas sou cheia de amor
De afeto
De avó
Tenho em mim minhas ancestrais


(Texto constuído em sessão arteterapêutica, depois de feitura de boneca)

segunda-feira, 14 de março de 2016

"Palhaço que ri e chora"


"Porque todo mundo é
Palhaço que ri e chora"

Agruras e agonias
Picos, vales e montanhas
Há nostalgias tamanhas
No barco das alegrias
Sob a lona das magias
Milhões de raios de Aurora
Mas a noite vão embora
Pensando voltar até
Porque todo mundo é
Palhaço que ri e chora.

Em meio ao palmeiral
O peregrino repousa
E não a fera que ousa
Lhe oferecer nenhum mal
Uma rede de sisal
Para o descanso de agora
Pois para seguir vigora
E a caminhada a pé
Porque todo mundo é
Palhaço que ri e chora.

Uma avezinha calada
Presa em uma gaiola
Pra todo lado rebola
Na sua restrita estada
Numa cela, confinada
Pensando nessa demora
Quando a tadinha colora
Balança e acende a fé
Porque todo mundo é
Palhaço que ri e chora.

Penosa a vida cigana
De lida incerta, insegura
Água mole em pedra dura
Da sorte não desengana
Energia que emana
Morte que não apavora
Risco que a vida namora
Tem coração de mulher
Porque todo mundo é
Palhaço que ri e chora.

Perde um ente querido
Tem flexas no coração
Com toda desilusão
Colore o rosto sofrido
Pelo mundo condoído
A sua face decora
Amor doce de amora
Faz seu pesar engraçado
Deixa fluir outro estado
Palhaço que ri e chora.

Uma mãe carrega a filha
Dentro de sua barriga
Está nutrindo uma amiga
Pois ninguém é uma ilha
Quando a estrela brilha
Quando a natureza flora
Já que é chegada a hora
A vida faz seu balé
Porque todo mundo é
Palhaço que ri e chora.

Emoções são passageiras
Vão nas correntes do rio
Na trilha dos desafios
Nos acometem ligeiras
Com as goelas cancioneiras
O nosso pesar melhora
Espantado porta a fora
O que a gente não quer
Porque todo mundo é
Palhaço que ri e chora.

Um corpo de carne temos
É grande a fragilidade
E o que é de verdade
De fato nós não sabemos
Alguma ideia tecemos
De onde a verdade mora
Quando o peito a face cora
Ao encontrarmos affair...
Porque todo mundo é
Palhaço que ri e chora.

Mote: Lourival Batista
Feito no primeiro dia da temporada do projetoda minha amiga irmã Soraia Silva,  "IL trasporto Umano - nas pegadas do circo popular", que estou tendo a honra de participar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

MÃO

Mão que dá e recebe o fogo divino
A flor divina do toque, mão
Que de alma toca o mundo
Transforma, ativa, cuida, fala, sente
Mão manhã, tarde e noite
Inverna, esquenta e flora
Cálida rosa astral, traspassada
Energia, canaliza cura
Sabedoria universal da grande mãe 

Mão terra, mão barro, mão planta
Árvore e galho levanta
Flor... infinita planta
Forma que reforma
Encanta!