
A cantiga abaixo é uma parceria com o amigo-amigo Germano Rabelo, ele trouxe a primeira quadra e eu fui me empolgando... pode ser que inda mude algo de lugar.
CAPIM-TAOÍSMO. (Pareceria com Germano Rabelo)
Eu vou ganhar dinheiro com comida
Pois e a comida que alimenta a vida
Preciso trabalhar para ter dinheiro
É Capitalismo é mundo financeiro.
E Marx já dizia Que a vida se esvazia
Com o capitalismo industrial
Que a força de trabalho vem do homem
E essa é a essência que move o capital
E é nesse dia a dia Que ele se desassocia
Do seu laboratório natural.
Pensei em abrir um restaurante
e alimentar a ética protestante
Que Weber explicita Deixando a gente aflita Nessa inversão conceitual
Liguei no domingão do Faustão Piorei da depressão daí mudei de canal A culpa é dessa religião...
E já tem televisão que é da igreja universal.
Pensei em abrir uma lanchonete
Bem localizada e contratar uma garçonete.
Pois Giddens já me disse Que é uma tolice
O eu moderno é um espelho de vidro...
Assim Giddens foi meu analista,
me ajudou a ser sobrevivencialista.
Estou me sentindo tão repartido
Tão bifurcado e em gasoso estado.
É que sempre retorna o oprimido
Transfigurado do padrão já polido.
- Será que deus me acode? Eu já comprei um bode e não quero sacrificar.
O prédio em que estudo é tão alto... Tenho medo alma de estupro e de assalto. Mas tou positivando o pensamento E invocando água, terra, fogo e vento...
Peço pro presidente pra o reitor ou pro suplente Que tenham mais boa vontade com a gente. E peço aos professores Que não se vistam de ameaçadores
Que a gente é amigo e não comida A gente zela pela nossa vida. E que a gente é comida também Mas num sentido um pouco mais do bem (+ zen). (se não agente pula... se não agente é kula, e negocia com uma rave geral...). E a gente vai fazendo pelas beiras Uma ciência um pouco mais arteira.
A gente tá meio fragilizado Que é meio difícil se opor ao Estado Pois ele é um deus engravatado Que fica tendo criação de gado. Não Estou querendo remédio pra loucura Tem até genérico, mas eu busco a cura. Mexer na causa não no sintoma Na questão cérnica de toda essa trama. A lida com progresso tá parada Essa pobreza está estagnada.
- Silêncio! alguém falou (E a gente se calou) É tanta teoria pra explicar o cocô... - Será que obrar no mato fertiliza? - Se a gente não sabe, improvisa! (E a bíblia já dizia Ajoelhou tem que rezar). ...
a gente só lucra o que come Preciso trabalhar que é para não passar fome. (Recife, 2008).