quarta-feira, 2 de setembro de 2009

laranja da china


Essa é uma canção de protesto, nasceu em parceria com minha maninha Maria Clara e depois meu amigo Germano me ajudou a arrematar.


AULA DE CIÊNCIAS.
(Anaíra, Maria Clara, e Germano)

Estou descascando uma laranja
Em formato de espiral
Olha que legal
Olha que bonito
Casca de laranja em forma de espiral.

O lápis pelicano colore a gema do ovo
E eu pergunto a você
Qual é a cor desse lápis?
E a Turma respondeu
Ele é alaranjado

O lápis faz o sol
Faz a sombra e a lua clara
E a casca do ovo é cor da areia do Saara.

À noite no deserto... u,u uuuuuuu...

Um camelo e um dromedário
Três corcovas de uma vez
E ainda um cavalo
que era pedra do xadrez

Pão de açúcar, corcovado
E uma galinha na rua
Avante, companheiros...
Essa luta continua!

Estou descascando uma laranja
Em formato de espiral
Olha que legal
Olha que bonito
Casca de laranja em forma de espiral.


(São Paulo... Recife, 2008 ?)

O capim que salva!

A cantiga abaixo é uma parceria com o amigo-amigo Germano Rabelo, ele trouxe a primeira quadra e eu fui me empolgando... pode ser que inda mude algo de lugar. CAPIM-TAOÍSMO. (Pareceria com Germano Rabelo) Eu vou ganhar dinheiro com comida Pois e a comida que alimenta a vida Preciso trabalhar para ter dinheiro É Capitalismo é mundo financeiro. E Marx já dizia Que a vida se esvazia Com o capitalismo industrial Que a força de trabalho vem do homem E essa é a essência que move o capital E é nesse dia a dia Que ele se desassocia Do seu laboratório natural. Pensei em abrir um restaurante e alimentar a ética protestante Que Weber explicita Deixando a gente aflita Nessa inversão conceitual Liguei no domingão do Faustão Piorei da depressão daí mudei de canal A culpa é dessa religião... E já tem televisão que é da igreja universal. Pensei em abrir uma lanchonete Bem localizada e contratar uma garçonete. Pois Giddens já me disse Que é uma tolice O eu moderno é um espelho de vidro... Assim Giddens foi meu analista, me ajudou a ser sobrevivencialista. Estou me sentindo tão repartido Tão bifurcado e em gasoso estado. É que sempre retorna o oprimido Transfigurado do padrão já polido. - Será que deus me acode? Eu já comprei um bode e não quero sacrificar. O prédio em que estudo é tão alto... Tenho medo alma de estupro e de assalto. Mas tou positivando o pensamento E invocando água, terra, fogo e vento... Peço pro presidente pra o reitor ou pro suplente Que tenham mais boa vontade com a gente. E peço aos professores Que não se vistam de ameaçadores Que a gente é amigo e não comida A gente zela pela nossa vida. E que a gente é comida também Mas num sentido um pouco mais do bem (+ zen). (se não agente pula... se não agente é kula, e negocia com uma rave geral...). E a gente vai fazendo pelas beiras Uma ciência um pouco mais arteira. A gente tá meio fragilizado Que é meio difícil se opor ao Estado Pois ele é um deus engravatado Que fica tendo criação de gado. Não Estou querendo remédio pra loucura Tem até genérico, mas eu busco a cura. Mexer na causa não no sintoma Na questão cérnica de toda essa trama. A lida com progresso tá parada Essa pobreza está estagnada. - Silêncio! alguém falou (E a gente se calou) É tanta teoria pra explicar o cocô... - Será que obrar no mato fertiliza? - Se a gente não sabe, improvisa! (E a bíblia já dizia Ajoelhou tem que rezar). ...a gente só lucra o que come Preciso trabalhar que é para não passar fome. (Recife, 2008).