quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

do dia que nasceu Rocco, filho de leandro e nina

no dia que Rocco nasceu fez sol, mas no céu havia umas nuvens meio densas até, talvez pra indicar a água que trazia a criança de peixes, peixes com ascendente em peixes, será mesmo? e inda muito aquário e carangueijo. eu nesse dia tinha madrugado como de comum dia, no entanto reluzia, e tudo era mais bonito no caminho pro trabalho no museu do estado desse estado. percebi quão floridas eram as árvores de minha rua. e naquele colorido trêmulo, senti as brisinhas que se deliciavam nos amarelos e vermelhos, nos roxos e lilases, nos verdes em suas gradações. pude perceber quão simpática e forte era a grande planta das bajes, uma percussão simples, um chocalhar tranquilo, uma leveza dessa força pelas 7 e pouca do dia amanhecido. falei com o porteiro e pedi "uma casa pra água 55"... hehe... eu havia trocado as palavras :) "uma água"... ele entendeu sorrindo e num sim com a cabeça. eu segui. e vinha maria (locatária da casa que eu moro) caminhando pela avenida; por graça já zarpava o onibus q bem chegava, mas numa corridinha alcancei o bendito transporte. percebi a loja de bicicletas na avenida, o homossexual, a minha postura, etc. do lado esquerdo passou sentido o caminhão das galinhas de granja, pude sentir... já caxangá; o menino com a mãe, na cadeira alta do coletivo ao lado, bebia de um leite fermentado que ensaiou jogar o recipiente no asfalto do lugar que se movia, ele vestia uma camisa cor de cenouragerimum q já devia ter sido de um irmão ou primo de desbotada a cor que estava.

as rês astral

Portugal era no recife velho, cantava-se, desde a boa vista, uma toada de aboiar. Ponteios, galos enormes de córócócores. Seu Azaias e uma cigana retirante. a noite dentro da caminhada brilhava, os metais da ilha do porto, as zuadas de carne com purpurina. Era o milagre dos bois, o milagre do entendimento dos rebanhos, e da função do lamento, da glosa em binco de pena branca, do desafio vivendo e velho. Quadros arabés entre rios de índios, era a mouridão das gentes mistas vendendo e doando. Milharal de cana de melado. Comum nosso ar de tanto, gente de brilheza granulada evapor, gente leitosa e cafézal. Pimenteando. Era do signo que já se havia cantado assim noutra localidade, e nem se perdeu tempo em procurar entender que areia foi aquela - muita naturalidade nessa sapiência do familiar. Tempo de areia. A velha caximbêra com cara de onça pintada lá do templo do calor disse que fazia poeira. Então disse que havia chão voante, era o milagreiro da simpleza, tendo o milagre das raíz e da carne solar. Rês mago.



dizendo do fim de sábado de zé pereira, depois da volta da condado infinita, já na várzea de 2010.