segunda-feira, 24 de novembro de 2014

eu-cientista

 (Nanquim e aquarela em papel madeira)
Por Anaíra Mahin, em São Paulo 24/12/2013

terça-feira, 4 de novembro de 2014

o nascimento da lua


Todo parto é grande corte
Da luz com o escuro oposto
Revela os traços do rosto
Da cria que trás o norte
Cada ser tem sua sorte
Na sina que se insinua
A escuridão recua
Com brilho que vem chegando
‘Como um vaga-lume olhando
O nascimento da lua”

Eu conheço uma menina
Que se chama Esmeralda
Ela ainda usa fralda
E saia de bailarina
É jóia e ouro de mina
Na verdade ela atua
Tem alegria e se amua
E só melhora mamando
“Como um vaga-lume olhando
O nascimento da lua”

Na barriga foi gestada
Entre as entranhas ficou
Aninhada no calor
A ave desemplumada
Agora já dá risada
E nosso amor se acentua
Gosta de andar na rua
Na hora do sol se pondo
“Como um vaga-lume olhando
O nascimento da lua”

Em meu ventre aconteceu
Esperança e infinita
Presente que se agita
Pequena que já cresceu
Mas inda não esqueceu
A antiga morada sua
Vez ou outra sonha nua
Dentro do bucho nadando
“Como um vaga-lume olhando
O nascimento da lua”