quarta-feira, 25 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
malagueño
Natural com Bacon.
(uma Atlântida em Plutão... uma nova em Platão).
terça-feira, 3 de novembro de 2009
jacarés e almanaques.
compartilho cá um editorialzim de fim, pra começo de história.
com_um beiju.
Querida Lunduz de outubro,
Estabeleço essa comunicação para que se saiba um pouco a escala tonal que esse mês foi conseguindo, desde as ciganas velhas que apareceram e as velhas ciganas que teimam em se eremitar, às dicas 'acadêmicas' do professor Michelotto, que têm sido de suma importância para que as veias abasteçam as canetas imateriais da prosa poética, (nos 5 minutos de escrita de cada dia, que venho tentando feliz). AgradeCida, ainda, ao contato herança afeto que me permitiu mais proximidade com o entendimento holístico dos almanaques, ampliando minha maneira almanáquica de entender o mundo, e a abertura de me entender mais dentro dele, sendo uma mãe menos carente e mais amorosa, pois que há A poesia em todos os lugares, e toda ela é o espelho sincrônico, (é uma guinéz). Já, quanto aos contornos e às posturas celibáticas, pinto as manhãs celestes no emaranhado do trãnsito e em terras estreladas do Centro-Oeste brasileiro. Por fim.. durmo pensando ainda, que até mesmo quando penso nos jacarés filhos de aves - aqueles que comem as mães na adolescência, os jacaré edipianos, imperfeitos, sorumbáticos - penso em como é sempre bom o encontro, e que nunca é 'des' .
10.10.2009
Guiné da Selva.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
-nunca tinha visto uma mosca tão estranha...tou olhando ela muito de perto. consigo ver as linhas das asas... aiai. pensei em tirar ela com as mãos de concha e jogar pela janela. muito labor. quando eu desligar o computador acho que ela relaxa.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
à jornada de estudos sobre etnicidade
Licenciatura em Ciências Sociais.
Universidade Federal de Pernambuco.
“Entre palmeiras e urnas funerárias”:
Pensando a poética da Coleção Etnográfica Carlos Estevão de Oliveira.
Resumo:
No âmbito das coleções etnográficas, partindo de minha experiência de imersão no Projeto de: memória, documentação, e pesquisa com a Coleção Carlos Estevão de Oliveira, trazer reflexões amplas a respeito dos contextos históricos que acabaram deixando essas coleções na invisibilidade à importancia da existência dessas coleções nos dias de hoje. Pensando na quantidade de coisas que essas coleções nos têm a dizer, e que temos a significar nelas, entendendo - na amplitude semântica, na dimensão ‘almanáquica’, no potencial transdisciplinar que há nesses conjuntos diversos - a fortuna deles enquanto campo de pesquisa. Pensar ainda - prismando dos afetos - 'raízes' e significados dos processos e das escolhas que ao longo do tempo têm sido fundamentais para compor os caminhos e os contextos atuais desses objetos etnográficos, entre processos de patrimonialização e estorvo.
ALmanach
Lê-se a voz do princípio da ciência
Mãe - a terra - que é chão por excelência
Amorosa, transmite o B- A, BÁ
Norteando nas artes do plantar
Ampliando a semente e o seu gozo
Quando vem em um vento tempestuoso
Umedece estremece cada grão
Escurece e clareia a imensidão
Sorte alada da Poupa, e o seu pouso.
Soluções das clarezas intuitivas
Ordenadas na força do que vem,
Burilantes das buscas criativas
Resvalando os cenários das cativas
Estruturas mentais dos rios de além.
Almanaques fluindo dos umbrais
Luminosos os grãos da ampulheta
Mares certos, e sons de escaletas
Arenosos, desertos, e gerais
Navegantes divinos imortais
Arabescos sertões de outros egitos
Quão os berros vibrantes dos cabritos
Universos dedilham finas cordas
Então cá explicamos pelas bordas
Sábias cores dos quadros infinitos.
Luas e sóis perpétuos para vocês!
Anaíra Mahin
Outubro de 2009, Recife.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
por falta do que dizer
nunca diferente
um desses dias, ele escovou os dentes
e saiu de casa igual
no entanto, sofreu um acidente...
ficou bem mal,
meio demente.
aquela, a quem ele xingava todo dia
limpava seu cocô
não achava ruim mexer com merda
ele viveu ainda um pouco,
e morreu bem limpinho.
outubro, 2009
da conservação
eu tava falando de que mesmo?
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
em meia taça!
autores coadjuvantes:
manuel de barros escrevendo de barba
mário de andrade sorrindo de óculos
paulo micheloto arengando adesso
thiago de mello paraense amoroso
pedro almodovar colorindo o lábio
roger bastide abraçando um toco
paulo freire aprendendo o barro
levi strauss virando semente
lourival holanda no silêncio
agostinho neto sendo avô
eliza lucinda lunando...
ud-din rumando*
miró se espremendo
marx manuscritando
mauss sendo dadivoso
frança em cima da mesa
minha mãe me amamentando.
Museo do esztado de pernambuco,
set ou outubro de 2009.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
eucientistizando
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
irmão lobo, tu és meu irmão
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
alemanha nativa.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
A neta do torturador.
água dura e pedra mole
tanto bate até que bole
pedra mole e água dura
tanto bate até que fura
água mole e água dura
tanto pedra, quanto é pura
pura?
fura fura
dura dura
dura.
-mole?
Mamãe me xingava de "neta de torturador" quando eu era criança. Ainda hoje ela me chama assim as vezes...
Só que hoje em dia eu até acho bonito.
O pai de mamãe era político no sertão pernambucano, morreu em 1966,
tinha uma usina de beneficiamento de algodão
e dizem que um abacaxi extrangulou sua úlcera.
O avó torturador a que mainha se refere era o pai de painho...
minha vó, a viúva, conta que o marido nunca bateu num preso,
e que ganhou uma homenagem quando completou 1001 escoltas,
na mesma época que João do Pulo tinha completado 1001 pulos.
Meu pai, aos desoito anos, depois de assistir Fratello sole e sorella luna de Franco Zeffirelli, resolveu ser São Francisco...
encontrou tempos depois o apelido do pai dele na lista do movimento "tortura nunca mais":
- Gavião.
Hoje meu pai é psicólogo,
e se perdoa por nunca ter tido relação boa com o pai...
Mamãe até hoje chora quando começa a falar na ditadura militar,
apesar de o exílio político a ter possibilitado somar 32 países nas andanças.
Hoje, ainda não sou "mãe", nem "psicóloga", nem "torturadora"...
no entanto, esses espelhos próximos foram janelinhas, como aquelas da ida dos dentes de leite, abrindo em sorrizinho tímido, para um entendimento mais amoroso dos sentimentos e processos sociais no meu país.
*
Araraíra Mahin
Recife, 9/9/2009.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
laranja da china
Essa é uma canção de protesto, nasceu em parceria com minha maninha Maria Clara e depois meu amigo Germano me ajudou a arrematar.
AULA DE CIÊNCIAS.
(Anaíra, Maria Clara, e Germano)
Estou descascando uma laranja
Em formato de espiral
Olha que legal
Olha que bonito
Casca de laranja em forma de espiral.
O lápis pelicano colore a gema do ovo
E eu pergunto a você
Qual é a cor desse lápis?
E a Turma respondeu
Ele é alaranjado
O lápis faz o sol
Faz a sombra e a lua clara
E a casca do ovo é cor da areia do Saara.
À noite no deserto... u,u uuuuuuu...
Um camelo e um dromedário
Três corcovas de uma vez
E ainda um cavalo
que era pedra do xadrez
Pão de açúcar, corcovado
E uma galinha na rua
Avante, companheiros...
Essa luta continua!
Estou descascando uma laranja
Em formato de espiral
Olha que legal
Olha que bonito
Casca de laranja em forma de espiral.
(São Paulo... Recife, 2008 ?)
O capim que salva!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Argumentando salmos.
.........................................................Por Anaíra Mahin Valadares Galvão.
Era uma vez uma coleção de arte indigena, chamada Coleção Etnográfica Carlos Estevão de Oliveira, as partes dela vêm de muitos lugares diferentes, hoje ela mora no Museu do Estado de Pernambuco, mas, cheia das faunas, floras, e barros do chão de outros tantos cantos.
Viemos, pois, abindo os fevereiros de 2009 nesse desenvolvimento-envolvimento com a poética dessa coleção, e eu, particularmente, no meu ritmo lento, enxergo o brotar de pequenos jardins em cada gaveta que acesso, tudo vai reflorindo aos poucos, e vou orvalhando em sóis simbólicos junto a esse reflorestar semãntico.
Assim, vão chegando os exus que mensageiam, e as Proserpinas escuras vão encontrando máscaras antigas, e furando as sementes velhas, vão construindo e espiralando outras primaveras.
Pois, que o sentido desse trabalho seja a revitalização das membranas que compõem o rizoma humano, que essa diáspora de objetos cumpra alguma função social que reúna, que sirva pra que se entenda que a luz branca do sol se revela em cores na fluidez da chuva que transita os mundos.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
COM CIÊNCIA DE COMADRES.
Minha cumade como vai
Que bom é vê-la outra vez
Me conte das novidades
De tudo que você fez.
Cumade estou preocupada
Com a terra com a natureza
O povo está todo doido
Estão perdidos com certeza
E as matas vão se acabando
E as águas escasseando
Chegamos nas profundezas.
Cumade que fossa é essa?
Vamos se animar agora
Eu sei que o planeta chora
Por conta dessas trepeça
Que é necessário ter pressa
Pra clarear o caminho
Que ta muito cheio de espinho
Feito um cristo bem sofrido
Mas nem tudo está perdido
Olhe lá seu menininho.
É mesmo minha cumade
Ele me traz esperança
Mas, me diga, essas criança
Viverão com qualidade?
Como ter felicidade
Com tamanha violência?
estamos longe da essência
De nossos reais valores
E aí nos restam dores
Pra viver essa existência.
O mundo se esquenta, parece que cora
Mais vacas em pastos pro abatimento
No meio da mata dois mil ferimentos
Navalhas constantes na fauna e na flora
A terra planeta a muito que chora
De raiva de ver o câncer brotar
A célula gente a degenerar
Devora tal praga seu eco (in)finito
E aí da vontade de dar é um grito
Aos deuses da terra, do céu, e do mar!
Cumade, vixe Maria
Eu chega me arrepiei
Isso é sonho de uma vida
Vida que eu sempre sonhei!
É mas uma vida assim
Carece muita mudança
Não podemos mais deixar
Que o mercado marque a dança
Pois o neoliberalismo
Cada dia mais avança.
Uma outra economia
Com mais solidariedade
É disso que precisamos
Na nossa sociedade
Humanos mais conscientes
Pessoas bem mais decentes
E longe a desigualdade.
É tamanha a minha empolgação
Em falar desse assunto minha amiga
Não agüento no mundo tanta briga
Tanta falta de amor e compaixão
Eu proponho que a gente una as mãos
Para, juntas, plantar mais poesia
Equilíbrio, saúde... Até que um dia
A maldade pipoque numa fogueira
E o fogo ao subir numa clareira
Traga luzes provoque uma alquimia.
Transmutados os seres vão luzir
Lumiar um ao outro em comunhão
Enxergar no caminho uma missão
Entregar-se ao divino e seguir
E sabendo direito a onde ir
Soltaremos as tranças na ventura
Água, azul, verde, vento, flor, ternura
Aprendendo o poder de nossos passos
Ampliando o presente em gestos gratos
Desse eu: criador e criatura.
...
Voltando a realidade
Cumade, estou indo embora
Eu sei, o planeta chora
Mais eu vou pra faculdade
Então ta minha cumade
Até o ano que vem
Que sirvam de alguma coisa
Esses versos do além
Nossas preces sejam ouvidas
Muito bem compreendidas
Até logo, paz, amém!
segunda-feira, 30 de março de 2009
A mudança.
Organismo
Sistema tanto
Um tema e tanto
Poema prato
Processo ingrato
O tempo
Em fim
Existe em mim
Preenche
E só
Sentido e tal.
E...
Um dia inteiro de chuva densa
Pântano de tempo de domingo
Uma segunda feira no meio do tempo
Um ‘mingum’ no animo do plexo
Ajeitei o chão de taco com uma esteira
E tentei alongar as fronteiras
As traseiras
Aos deuses de mim
Os destros
Os sestros (dentro)
Vez ou outra me vinham moços altos
E eu dormi e brinquei
Assassinando dois num sonho só
Sonho de de tarde
Coelhos brancos. Molhados e comendo o mundo.
Que é queu posso dizer da mudança?
(Recife, 13.04.08).
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Jacaré-minininho.
Quando eu tinha dois anosMeus pais me levavam a parques
Para passear
Ao parque da jaqueira
A praça do derby
E ao hospital Ulisses Pernambucano
Popular Tamarineira...
Eles me levavam a tantos lugares
A Mesbla e também a casas de vários amigos deles
Eu chamava de tios (-tios!)
Os amigos que eles mais gostavam
E até hoje chamo alguns
Que acho mais bonito assim.
Era bom quando eu era criança
Morando em recife
Na rua do Jeriquiti...
E achando engraçado
Ir a Pau-amarelo
Ir a praia do Janga
Ir a Maria Farinha.
Meu pai passeava comigo
Pelo centro da cidade
Eu conhecendo cantos
Por muitos lugares
Lojas de departamento, bancos, bares, mares.
Tinham lojas brasileiras
Tinhas lojas pernambucanas
E a arapuä...
Meu pai me levava
Ao banco de Pernambuco bandepe
E eu tomava chá
Meu pai me levava no bar
E eu lanchava ovo de codorna
E amendoim
Eu não achava ruim (nada ruim)
Achava tudo bom (tudo bom)
Por isso é que canto assim
Por isso é que faço esse som.
Na praça do Derby
Morava uma peixe-boi
Em um tanque sem espaço
Bem espremidinha assim
Ela ficou com escoliose
Eu também tenho escoliose
O nome dela era Francisca
O meu pai foi frade franciscano
Mas graças a são Francisco (Graças!)
Que um tal projeto peixe boi
Tirou ela de lá
E ela inda teve três filhinho
Bem gordinhos e grandoesinhos
Que mamaram muito
Mas eu só ouvi falar.
Um dia no horto de dois irmãos
Eu passava por vários bichos
E me deparei com uma cena
Muito da bonita
Eram dois jacarés
Um grande e outro pequeno
E eu disse olha mainha
Venha ver o jacaré minininho
Olha mainha o jacaré minininho
Olha mainha o jacaré-minininho
Olha mainha o jacaré-minininho
Olha mainha o jacaré-minininho
Olha mainha o jacaré-minininho