quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O capim que salva!

A cantiga abaixo é uma parceria com o amigo-amigo Germano Rabelo, ele trouxe a primeira quadra e eu fui me empolgando... pode ser que inda mude algo de lugar. CAPIM-TAOÍSMO. (Pareceria com Germano Rabelo) Eu vou ganhar dinheiro com comida Pois e a comida que alimenta a vida Preciso trabalhar para ter dinheiro É Capitalismo é mundo financeiro. E Marx já dizia Que a vida se esvazia Com o capitalismo industrial Que a força de trabalho vem do homem E essa é a essência que move o capital E é nesse dia a dia Que ele se desassocia Do seu laboratório natural. Pensei em abrir um restaurante e alimentar a ética protestante Que Weber explicita Deixando a gente aflita Nessa inversão conceitual Liguei no domingão do Faustão Piorei da depressão daí mudei de canal A culpa é dessa religião... E já tem televisão que é da igreja universal. Pensei em abrir uma lanchonete Bem localizada e contratar uma garçonete. Pois Giddens já me disse Que é uma tolice O eu moderno é um espelho de vidro... Assim Giddens foi meu analista, me ajudou a ser sobrevivencialista. Estou me sentindo tão repartido Tão bifurcado e em gasoso estado. É que sempre retorna o oprimido Transfigurado do padrão já polido. - Será que deus me acode? Eu já comprei um bode e não quero sacrificar. O prédio em que estudo é tão alto... Tenho medo alma de estupro e de assalto. Mas tou positivando o pensamento E invocando água, terra, fogo e vento... Peço pro presidente pra o reitor ou pro suplente Que tenham mais boa vontade com a gente. E peço aos professores Que não se vistam de ameaçadores Que a gente é amigo e não comida A gente zela pela nossa vida. E que a gente é comida também Mas num sentido um pouco mais do bem (+ zen). (se não agente pula... se não agente é kula, e negocia com uma rave geral...). E a gente vai fazendo pelas beiras Uma ciência um pouco mais arteira. A gente tá meio fragilizado Que é meio difícil se opor ao Estado Pois ele é um deus engravatado Que fica tendo criação de gado. Não Estou querendo remédio pra loucura Tem até genérico, mas eu busco a cura. Mexer na causa não no sintoma Na questão cérnica de toda essa trama. A lida com progresso tá parada Essa pobreza está estagnada. - Silêncio! alguém falou (E a gente se calou) É tanta teoria pra explicar o cocô... - Será que obrar no mato fertiliza? - Se a gente não sabe, improvisa! (E a bíblia já dizia Ajoelhou tem que rezar). ...a gente só lucra o que come Preciso trabalhar que é para não passar fome. (Recife, 2008).

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