segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Natural com Bacon.

Os rebanhos não andam mais, os rebanhos são caixas frias e cinzentas. As pobres porcas gordas e anômicas. Não faz mais sentido parir assim. Não há prazer nesse tipo de reprodução seriada, não brincante, nem sol. Todas as galinhas são palidas, iguais, não cacarejam as luas cheias. As vacas sabem onde seus cascos apertam, santas vacas com seus bezerros em desmame. Um quero-quero voante e morcegal, me contou tudo quanto viu. Era tanta dor que pedi pr'ele parar logo. Pobres ovelhas que não podem perder-se em berros astrais. Focinhos que não conhecem as pedras, os caminhos das formigas, as poeiras soltosas. Línguas que desconhecem a umidade boa que têm os alimentos que se desmancham nas quedas. Caramboleiras aquosas, jambeiros perfumados, e as cascas das mangas espada, a textura das algarobas. enquanto os pássaros das árvores cantam as larvas da madeira, o tempo colorido, a ventura, o contato amplo. Que cantos sem saúde entoam essas crianças azuis de ponta e pena? Sem prisma.


(uma Atlântida em Plutão... uma nova em Platão).

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