quarta-feira, 29 de junho de 2011

Medicinas.

É horrível o gosto que tenho agora nas entranhas, subindo e descendo e amargando a língua, remédio trágico, cor de rosa, argh! Nojo! Invenções cruéis da humanidade ocidental, alopatia de merda... cheguei e tinha um gato na porta da casa, preto e branco... o deixei entrar, pensei nos egípcios e o deixei entrar. É um gato meio jovem que vez em quando aparece, visinho; hoje apareceu com uma espécie de coleira, parece coisa que criança inventa, uma coleira não coleira... explorou a casa. já havia explorado antes. Inventei de ir cozinhar; um arroz com cenoura, sardinha com cenoura... o gato se espivitava em brincar com meus pés, esses bichos nos vão conquistando com sua lezeira doidinha, com ar de “como quem não quer nada”, seus olhares, ligados, bobos; olhos de jovem... fez barulho na sala, fui ver era o bichano saíndo, tranquei a janelinha, vim trancar a outra, a do quarto, na tentativa de entrar de novo acho que machuquei sua pata direita, aí ele não quis mais entrar depois disso e eu fiquei com um pouquinho de sentimento de culpa, me sentindo má, de uma espécie má, opressora, bruta... os brutos também sentem, eu sinto... e ainda sinto aquele gosto do péssimo remédio cor de rosa que tomei inda agora; seria melhor ter tomado o giamebil, mesmo vencido.

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